75 anos do nascimento do patrono da FUNJOR, o cantor José Ricardo

75 anos do nascimento do patrono da FUNJOR, o cantor José Ricardo

Nascido no bairro da Tijuca, em 06 de março de 1939,
mudou-se aos dez anos de idade para o IAPI – Penha, onde o pai, Sr. Philemon, recebera por sorteio um apartamento financiado. Iniciou sua carreira artística ainda criança, apresentando-se no programa “Ritmos da Polícia Militar”, na Rádio Guanabara. Sua avó materna, italiana, estimulava sua vocação. Posteriormente, apresentou-se em programa de calouros comandado por Isaac Zaltman, na Rádio Mauá. Começou a cantar na Rádio Guanabara, logo se apresentando em outras emissoras.

Sua primeira gravação aconteceu num teste na RCA Victor, onde cantou um sucesso de Altemar Dutra – “Tudo de Mim” – em setembro de 1963. Neste ano, recebeu da Revista do Rádio o prêmio de “Revelação do ano”. Contratado pela RCA Victor, gravou em 1964, um compacto simples com a canção “Eu que amo somente a ti”, versão de Aldacir Louro para a canção italiana “Io che amo solo te”, de Sérgio Endrigo. A gravação foi hit em programas de Rádio como “Grande parada Pastilhas Valda”, apresentado por César de Alencar na Rádio Nacional. Em 16 de fevereiro de 1965, foi lançado o LP “Eu que Amo Somente a Ti”. Participou do LP “Rio de Janeiro 400 anos”, interpretando “Terra carioca” e “Rio de Janeiro”. Com o sucesso, participou de diversos programas no rádio e TV, apresentando-se por todo o país.

Na década de 1960, o programa “Encontro com os brotos”, apresentado por José Messias na Rádio Guanabara, permitiu-lhe ser um dos precursores da Jovem Guarda que, na mesma época a partir do programa da TV, começava a estourar em São Paulo. Seu nome eternizou-se na música ´Festa de Arromba´ e a carreira seguiu. Realizou dezenas de gravações em mais de 60 compactos simples/duplos, LPs, CDs, coletâneas e regravações.

De voz possante, não limitou-se ao repertório romântico da Jovem Guarda, realizando diversas gravações para meio de ano e Carnaval. Realizou várias temporadas no exterior. Gravou disco em espanhol e foi homenageado pelo presidente de Portugal. A partir de 1991, lutou pela criação dos bailes populares da Cinelândia, buscando a revitalização do Carnaval Carioca. O projeto abriu novo campo de trabalho para inúmeros artistas e é realizado até hoje. No Reveillon de 1998/1999, fez, na Praia de Copacabana, seu último grande show.

Além da atuação artística, sempre lutou para ajudar artistas em dificuldade. Foram vários colegas que auxiliou com sua personalidade solidária. A partir dos anos 1980, assumiu, como membros de sua família, as Irmãs Batista (Linda, Odete e Dircinha).

Faleceu pouco depois de completar 60 anos de idade, vitimado por um câncer. Foi velado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e, quando o carro do Corpo de Bombeiros deixava a Cinelândia, foi acompanhado por uma pequena multidão que o aplaudia na saída do cortejo.

 

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